Capítulo 03 – Histórias de terror

    Em um dia escuro e chuvoso…

    ꟷ E então, ela olhou pra trás e não viu nada. Quando ela se virou novamente, ele estava na sua frente com sua motosserra.

    ꟷ Uiiiii, eu não quero mais ouvi essa história. Tia Isa, pede pra ela parar de contar essa história.

    ꟷ Fica quieta, Rita! Eu ainda não terminei de contar a história.

    … Heloísa e um grupo de com cinco garotas com diferentes idades de dez a dezesseis anos, estavam reunidas na casa de sua irmã mais velha, aproveitando o tempo para contar várias histórias de terror.

    ꟷ Tá bom, tá bom! Cíntia, pode parar essa e chama sua mãe e sua tia Lívia que agora é minha vez de contar.

    ꟷ Aff, tá bom, tia Isa. MÃEEE!!! TIA ISA TÁ TE CHAMANDOOO!!!

Segundos depois de todo o berro da Cíntia, que era a mais velha das cinco garotas, sua mãe e sua outra tia, que estavam na cozinha, chegaram ao grupo.

    ꟷ Pra quê todo esse estardalhaço?

    ꟷ Ué, agora é a vez da tia Isa.

    ꟷ Deixa elas, Márcia. Senta aí logo que essa que eu vou contar vai ser de arrepiar até os cabelos dos pés. Então tirem as crianças da sala que o show vai começar.

    ꟷ Aff, não sei pra quê todo esse drama, ok. Pode começar.

Márcia e Lívia sentaram-se logo atrás das garotas e Heloísa começou a história.

    ꟷ Certa vez, enquanto estava no meu trabalho vendendo um vestido pra um grupo de mulheres, uma das integrantes me contou essa história:

“Em uma certa noite, ela estava voltando do mercadinho que tem no bairro pra casa, era cerca de quase dez da noite de uma sexta-feira. Naquele dia, o ar estava um pouco mais gélido que o normal por conta da neblina que estava se formando. Ela já estava basicamente chegando próximo de casa, quando de repente, ela sentiu uma certa vibração pelo corpo. Ela olhou para os arredores daquela rua onde não tinha mais ninguém e, mesmo assim, não via nada. Sem dar muita ligança, ela começa a andar novamente e novamente ela sente algo. Dessa vez uma leve palpitação no peito e um certo sentimento de inquietação tomou conta de sua mente. Então, ela começa a apertar mais os passos para chegar mais rápido em sua casa. Finalmente ela chega em frente a porta de sua casa. Quando ela ia pegar a chave para destrancar a porta, seu celular toca. Ela pega para ver quem era, mas não possuía nenhum número, estava escrito “não identificado”. Ela engole seco e atende a chamada, ficando completamente em silêncio. Do outro lado da linha, tudo que dava para se ouvir era uma forte e ofegante respiração. Ela ia desligar, quando de repente um homem começa a falar. Ela escutou tudo silenciosamente e logo em seguida, em estado de choque, ela deu um grito e desmaiou. A sorte é que os vizinhos ouviram e prestaram as medidas de atendimento”.

    ꟷ Sabem o que ela ouviu daquele homem que a deixou em um estado tão abalada?

    As meninas, que estavam apavoradas com a história, se abraçaram no colo de sua mãe e logo em seguida perguntaram “O quê?”; E, Heloísa responde, com um sorriso maligno em seu rosto:

    ꟷ “Minha senhora, por falta de pagamento, infelizmente seu cartão de crédito encontra-se bloqueado! Para regularizar, a senhora deve quitar todos os seus débitos até o dia xx/xx/xxxx. Tenha uma boa noite!”.

    As meninas, com uma cara de incredulidade, pergunta:

    ꟷ Só isso?

    ꟷ Sim. Essa é minha história de terror. Muito aterrorizante, né?

    ꟷ Afe! A história da Cíntia foi muito melhor que essa. Isso nem assusta, né mamãe? Mamãe, o que foi?

    No momento em que ela virou, notou que sua mãe estava bem pálida.

    ꟷ Pô, Isa. Tinha que contar algo assim? Agora vou ter pesadelos essa noite.

    ꟷ Mas, mamãe. Nem foi tão assustador assim!

    ꟷ Princesa, depois que você crescer, você vai entender perfeitamente.

    ꟷ Não entendo.

    Heloísa olhando as duas discutindo, dá uma leve suspirada e pensa: “Bem, só quem tá devendo o cartão de crédito sabe do terror de receber uma ligação às dez da noite avisando que o cartão foi bloqueado. Qualquer um surtaria, mas, elas ainda são bem novas para saberem das dificuldades que um adulto enfrenta”.

Resumo da ópera, não abuse do cartão de crédito se não tiver dinheiro para pagar a fatura do próximo mês.

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